Cruelmente, Elvira para a Ponystep

2/01/2012

Quem aqui nunca viu o filme Elvira, Mistress of the Dark? Seja ainda nos anos 80 ou então naquelas tardes quentes da infância e pré-adolescência, quando a Globo dava um chega pra lá no Lagoa Azul e passava a ryka Cassandra Peterson sacudindo os peitchos e emandando ectoplasma em glitter preto através de sua televisão de tubo? Amor em forma de trevas. Recentemente ela foi perfilada pela revista Ponystep e eu gostei TANTO da história dela que resolvi postar na íntegra aqui no blog, além de traduzir para que todos tenham mais facilidade ao ler - eu sou muito boazinha ou muito inútil? Como eu não sou tradutora, perdoem alguns erros ou então alguns problemas de coesão, mas acho que dá pra perceber como ela é foda.

Imaginem só que ela teve um terço do corpo queimado quando era criança, que chegou a fazer filmes eróticos na Itália e que teve um caso com o Elvis? Pois é... Muitos spoilers, mas o conteúdo mesmo é ainda melhor. A reportagem é de Roberto Croci, com fotografia de Matt Irwin e styling de Simon Robins.

Vestido Versace
A assessora de Elvira, Courtney, faz uma convocação educada ao camarim da estrela. Depois de observá-la em novas poses, algumas reconhecíveis, algumas icônicas, algumas novas, um caso romântico entre sujeito e fã está para acontecer mais uma vez. Testemunhando-a em frente da câmera simplesmente abre o apetite. Elvira tem 60 anos e não mostra sinal algum de ter sucumbido ao bisturi. Ela pode ser aposentada, mas continua gostosa.

Poucos podem ser comparados à influência mercadológica exercida por Elvira. Ela se tornou uma pequena celebridade da televisão num formidável e longo império midiático de 30 anos. Por trás da ficção, no entanto, há uma pessoa real. Cassandra Peterson: um espírito ruivo que percorreu os anos 70 desafiando a lógica hippie para se tornar a tão bem inventada Rainha da Noite. É Cassandra quem eu irei encontrar hoje. Será que meu affair sobreviverá à transição da ficção aos fatos?

Cassandra Peterson nasceu em 1951, numa região rural do Kansas conhecida pelos moradores pelo charmoso apelido de "Little Big Apple" (pequena grande maçã, trocadilho com Big Apple, apelido de NY). População: 300. "Todos meus parentes", ela brinca, "Você pode imaginar porquê, com toda a bagunça rolando por lá".

Um empreendedor local, responsável por construir a barragem Tuttle Creek nos anos 50, viu Cassandra envolvida num acidente de partir o coração, ocorrido numa usina de energia. Isso teria causado queimaduras que cobriram um terço de seu corpo. Mas é sofrendo que se supera. Eventualmente. Os efeitos traumáticos do acidente foram muito mais além da mancha branca em sua pele pálida do centro-oeste americano. Por anos ela se permaneceu tímida e reclusa, a antítese de sua personagem fictícia.

Ela conta as histórias obscuras de seus dois anos e meio de silêncio imposto. "Eu tinha enxertos de pele em 35% do meu tronco, cintura, costas. Todo lugar menos, por sorte, no rosto, nas mãos e especialmente no colo. Então eu estava até que bem". Ela ri ao olhar para baixo, para seu peito, característica típica da Elvira.

Os Petersons se mudaram para Colorado Springs em 1957. Compraram para Cassandra uma vitrola de brinquedo e um single do Elvis. Seu envolvimento com a fantasia estava firmado e ali foi seu estrelato. Era para ser assim? Ela dançava Hound Dog seguidamente para seus pais. Apesar da timidez, sua família e amigos perceberam um novo e único lado em Cassandra. A habilidade de encantar. Então, ela foi rápida e drasticamente matriculada numa aula de dança local.

Vestido Emilio Pucci, meias Wolford, sapatos Mugler, anel da própria Elvira

E assim continua sua anedota biográfica. "Dos 7 aos 17, me mudei e cresci em Colorado. Eu não tinha amigos, nem mesmo os geeks queriam algo comigo. Minha pele era muito branca. Eu tinha sardas e cabelo ruivo". Assim como Sissy Spacek, em Carrie. "Eu vestia gola alta e mangas compridas mesmo quando fazia 40 graus na sombra. Eu era solitária, uma desajustada".

As sementes de Elvira foram se metamorfoseando mentalmente, senão fisicamente. Então a veia artística surgiu. "Eu passei muito tempo comigo mesma, no meu próprio mundo pintando monstros, zumbis e bonecas-múmia. Enquanto outra garotas brincavam com Barbies, eu fazia bonecas-vampira. Eu estava interessada em Bela Lugosi e Vincent Price, e fui ver todos seus filmes. Eu era tímida e tinha medo de mim mesma. Minha mãe tinha uma loja de fantasia com minha tia Lorraine, então o Halloween era a melhor época do ano para eu me superar. Eu tinha as melhores fantasias. Elas [mãe e tia] me usavam como modelo e eu escolhia qualquer fantasia que fosse mais popular na época. Ginger de Gilligan's Island, I Dream de Jeanie, Miss Kitty de Gunsmoke. Minha mãe fazia uma no meu tamanho e, assim, eu podia usar as fantasias na escola o tempo todo. Todo mundo me achava completamente esquisita. Mas eu sabia que eu iria crescer e usar uma fantasia algum dia, e foi exatamente o que aconteceu. Estranhamente, eu acabei usando uma fantasia, não acha?". Considerando-se tudo? Acho que não.

Em 1964, a jovem Elvira assistiu ao Viva Las Vegas, estrelando Elvis e Anne Margaret. Nossa pequena Rainha Gótica, em suas origens, era tão apaixonada pelo romantismo da história de Sin City, que começou a ter fascinação por uma nova aventura romântica e etérea. Ela ficou tão obcecada por Vegas - o que essa cidade fantástica significava? -, que seus pais finalmente levaram a família inteira para uma curta viagem de férias. Ela acabou se inscrevendo para um concurso de dançarinas. Obviamente, ela ganhou. Mas uma combinação da oposição dos pais e o pequeno fato de que ela ainda era menor de idade fez com que sua contratação fosse interrompida.

"Eu fui para ver o melhor show da época, no The Dunes Hotel, no qual as pessoas pensaram que eu era uma dançarina. Comecei a me portar como velha o suficiente para entrar nos shows - enchi bastante meus sutiãs, usei maquiagem, saltos altos, rímel. E eles me perguntaram se eu queria o trabalho. Eles estavam encenando um show chamado Viva Le Girls, e eu fiz o teste. Me contrataram na hora. Amaram minhas longas pernas. Mas meus pais me trouxeram de volta para Colorado".

Dois dias depois de graduar na escola, ela passou a ensaiar uma peça burlesca em Vegas, com um contrato firmado com um empresário italiano. Ela se tornava o centro das atenções. "Eu me formei na Palmer High School em 1969 e fui direito para Vegas, nas férias de verão. Fui novamente para o hotel Dunes e finalmente tive meu primeiro emprego". Seus sonhos estavam começando a se tornar realidade. "Era Vegas".

Os anos em Vegas não vieram sem avisos. Apresentada para Elvis, ela começou um caso com o homem mais famoso do planeta. Ele a avisou. Seu futuro não era como uma negociadora de black jack ou como dançarina burlesca no The Strip. Ambições mais elevadas começariam a ser fomentadas.

"Conhecer Elvis foi a realização do meu sonho americano. Havia apenas seis pessoas me assistindo. Elas esvaziaram a sala. Eu não sabia que Elvis estava lá com sua comitiva. Fiz minha apresentação e então me chamaram para ir a uma festa, onde eu o encontrei. Nós passamos a noite inteira... conversando. Sobre política, música, cantando Hound Dog e ficando. Ele me deu conselhos sobre cantar. Eu o beijei e ele me disse 'Saia dessa cidade. Você tem uma voz bonita, use-a e corra atrás dos seus sonhos'". Um problema. A jovem Cassandra havia adquirido alguma reputação como groupie em Vegas. "Eu sempre fui meio groupie a minha vida toda", ela confessa. "A dança sempre foi uma das minhas mais antigas paixões, então eu não poderia resistir à magia do Voodoo Chile Jimi Hendrix, quando ele voltou a tocar no festival Denver Pop em 1969. Jimi me contou que ele estava cansado de viver nos Estados Unidos e que ele não queria mais viver aqui. Infelizmente essas palavras foram mais do que proféticas. Ele morreu sem ir para casa".

Cassandra seguiu em frente. Mas o tempo que passou dançando em Paris, com La Folies Bergeres, entrou em confronto com seu temperamento. Ela era tranquila, eles eram rígidos. Ao fazer amizade com uma córsica, Marisa, do coral, ela recorreu aos ritmos latinos. Era para ser tudo parte de sua história, uma reunião de materiais para uma personagem que se tornaria a soma de todas as partes. "Para o público, meus seios eram como imãs. Minhas companheiras performancers me odiavam, então eu fui embora. Itália, lá vou eu".

Vestido Dolce & Gabbana, broche Alexis Bittar

A aventureira e ambiciosa jovem contratou um guitarrista brasileiro e começou a viajar pela Itália em uma performance em dupla. Um jovem diretor de cinema americano levou Cassandra para Roma e lembrou que tinha a filmado para um documentário em Vegas. Joseph Birnbaum estava para se tornar o novo mentor de Elvira. "Joe era aprendiz de outro rei de lá, Frederico Fellini, quem ele encontrou numa festa. Ele me contratou para 30 dias de trabalho em sua próxima obra-prima, Roma. Disse que minha silhueta curvilínea inevitavelmente lembrava o Maestro de sua esposa, Giulietta Masina".

Uma série de filmes B, shows de strip com conteúdo adulto e outros acontecimentos se seguiram. Foi como uma freira italiana vestindo cinta-liga num convento de 1300 anos que o grande momento aconteceu. "O filme era L'Onorevole Piace Alle Donne, com o ator erótico italiano, Lando Buzzanca. Freiras com lingerie sexy. Era um filme de seios e bunda, mas eu me diverti. Italianos são realmente um povo interessante, devo admitir isso. Nós estávamos fazendo uma cena e tudo estava perfeito até que ficamos completamente pelados. O diretor gritou "CORTA! CORTA!". Vamos refazer. Então nós fizemos a mesma coisa e o diretor gritou "CORTA!" outra vez. Depois de duas ou três vezes, nós entendemos. Os cortes eram uma forma de nos fazer vestir e nos despir novamente. Muito espertinhos, aqueles italianos. Então eu fiz alguns Spaghetti Westerns. Fui contratada porque eu era boa em andar a cavalo. Eu cresci numa fazenda, cavalgando. E eu também tinha seios grandes, cabelo vermelho e ficava muito bem de saia num cavalo. Semanas depois, alguém no estúdio Cinecitta me apresentou ao famoso cantor italiano Memo Remigi e então para Mina, quem era conhecido como A Voz, e ele me disse que havia uma banda procurando uma cantora. Eu consegui o trabalho, viajei com eles por quase um ano, na Itália e na Suíça".

Vestido Emmanuel Ungaro, braceletes Alexis Bittar

A maneira como Cassandra transita entre as histórias é como se sua vida de errante cheia de carisma tivesse simplesmente acontecido independemente dela. Talvez tenha sido isso. Algumas pessoas nascem para lapidar a vida. Para outras, a vida simplesmente acontece. Em algum lugar durante sua viagem pela Itália, a pequena Cassandra voltou para assombrá-la. "Eu tive saudades de casa", ela conta. No cassino, em San Remo, um motorista disse rudemente que ele e sua esposa estavam sendo melhor pagos do que ela. Ela entrou no elevador, foi para o térreo e seguiu direto para Miami. Estava na hora de voltar para a América.

Miami a levou de volta para Vegas. "Consegui um trabalho como protagonista. Protagonista nua. Penas e fio dental. Eu estava de volta ao Dunes. Então encontrei um tal de Matt, que era produtor em Los Angeles". Ele a levaria longe. "Desde que eu esteja em Hollywood? Por que não? Alguns trabalhos de atuação, por favor".

Vestido Versace, meias Wolford, sapatos Prada

Los Angeles na metade dos anos 70 foi um carrossel desregrado para Cassandra. Ela fez amizade com gays soropositivos, apenas para vê-los serem dizimados pela AIDS durante a década. "Depois de Miami", ela conta, "decidi que eu daria mais uma chance ao canto. Acabaram sendo minhas últimas performances. Eu reuni uma banda de sete garotos, chamada Momma and Her Boys. Todos gays. Nós dançávamos, cantávamos, fazíamos comédia e comentários, viajando por todos os Estados Unidos. Eu era a única cantora e nós tocávamos muita música disco. Isso acabou me transformando em um tipo de ícone gay da era disco. Eu amava meus garotos, amava todos eles. Nós éramos uma família. Eu me tornei uma Fag Hag". Ela adora o termo, usando-o sem fazê-lo parecer uma ofensa a si mesma ou à sua auto-estima.

"A comunidade gay sempre me fez sentir mais segura do que pessoas normais. Eles não julgavam. Eles me abraçaram em sua comunidade, me ensinaram a usar maquiagem, a andar, a dar suporte e levantar os seios, a me vestir. Como ser uma drag. Na verdade, eu fui a primeira drag do sexo feminino. Você pega o costume. Então 'Ela' nos pegou". Ela solta um curto, forte e triste riso. "Não o terremoto, mas a epidemia da AIDS. Todos eles começaram a morrer, um após o outro. Era 1982 e tudo que você precisava era uma febre, herpes e dois dias depois você estava morto. Não dava mais para continuar com Momma and Her Boys. Apenas um sobreviveu àquele período, Robert Redding, quem fez o primeiro projeto da Elvira ao estilo Morticia Addams/Ronnie Spector". Foi rejeitado por seguidos canais de TV.

A Epidemia acabou, mais tarde, tomando seu corajoso e talentoso amigo também. "Então, todos estavam mortos. Sem problemas. Sério, é por isso que me tornei uma ativista, uma das primeiras ativistas daquela época".

Ela retornou à atuação. "Eu disse a mim mesma: 'Por que não?'. Como eu sempre tive aquele papo de menina do vale que fazia as pessoas rirem, decidi tentar atuar. Por que não comédia? Fui com o Matt ver uma das apresentações dos Groundlings e decidi que era aquilo que eu queria fazer. E foi justamente com eles, nos quatro anos seguintes. Meus amigos eram Paul Ruben aka PeeWee Herman e o aluno da SNL, Phil Hartman. A comédia era uma válvula de escape para mim. Eu era capaz de fugir dos meus medos, das minhas frustrações, da minha infância, de todas as minhas cicatrizes. Eu descobri por que os comediantes melhor sucedidos são também aqueles com os piores passados. É como se, quanto mais famoso você é, mais ferrado era quando criança". 

Cassandra encontrou seu marido no clube Starwood em Santa Monica Boulevard, em 1982. Ele era o empresário da então desconhecida banda John Cougar Mellencamp. Foi ele quem fortaleceu suas credenciais no rock'n'roll. Casaram-se precisamente duas semanas antes de ela passar a ser convidada a participar de filmes de terror e de sua mais festejada personagem nascer. Mas primeiro, a música:

"Eu estava trabalhando em um programa de TV conhecido, o Don Kuschener Rock Concert Show, como fotógrafa e PA. Eles faziam shows ao vivo com bandas. Assisti ao Ronstadt, Devo, Jackson Browne, The Go-Gos. Eu realmente estava por dentro da música. Amava músicos, além de dormir com eles. Eu amo, amo música - desde quando era criança. E ainda continuo interessada por música até hoje. Eu era muito burra para aprender a tocar um instrumento. Realmente queria ter feito parte de uma banda, no Kansas, em Vegas, Itália, Miami e LA. Isso não deu certo porque a vida tem formas estranhas de mostrar onde você deve ir. Eu realmente queria fazer rock, mas acabei fazendo essas "outras" coisas. Não me entenda mal, era muito legal fazer parte de bandas naquela época. Ponto. Eu definitivamente era uma groupie. Mas eu amava rock'n'roll e foi assim que encontrei meu marido. Naquela noite em especial, Johnny Cougar estava tocando e ele era seu gerente de turnê. Nós nos encontramos, conversamos, rimos, ficamos e então nos casamos".

Vestido Jeremy Scott, anel Alexis Bittar

Suas núpcias coincidiram com o nascimento de Elvira. Ela retoma a anedota. "Eu recebi uma ligação de uma amiga insistindo para que eu voltasse a LA. Uma estação local, a KHJ-TV, estava procurando uma garota sexy e engraçada para estrelar seu programa de filmes de terror bregas e antigos. Eu era uma garota sexy e engraçada com uma longa história com Vincent Price. Eu era perfeita para o papel, mesmo que não o quisesse. Então, continuei na minha lua de mel. Eu amava os filmes de Vincent Prince - Twilight Zone, Zombies, The Swamp - Boris Karloff e Bela Lugosi. Se o gótico estivesse na moda naquela época, então você estaria olhando para a Rainha Gótica. Resumindo, eu participei do teste alguns dias depois e quis fazer piada de tudo aquilo. Então eu usei minha voz engraçada de garota do vale e incorporei o papel de Elvira, Mistress of the Dark, para estrelar o Movie Macabre. Para mim, era simplesmente algo a fazer. Era apenas um dia da semana e pagava U$300. Graças à fantasia, ninguém me reconheceria e eu poderia continuar atuando".

Mas a aparência icônica pegou. "Depois de alguns programas, Elvira se tornou uma sensação. Nós recebíamos convites para inaugurações de lojas, bares etc, etc. Eu era tratada como uma pinup alternativa e uma dama pós-feminista auto-suficiente. Wow! Acabei participando do Tonite Show cinco vezes. Depois disso, meu marido e eu começamos a controlar os direitos da Elvira e eventualmente nós acabamos donos da personagem, lançando sete figuras num ano. Elvira se tornou a primeira pessoa a ser transmitida na rede americana em 3D". 

Sua primeira idéia para a aparência da Elvira veio de um escândalo em Hollywood. "Eu amava o filme Fearless Vampire Killers, de Roman Polanski. Eu amava Sharon Tate. Eu queria uma aparência realmente pálida e fantasmagórica: olhos escuros e grandes, lábios brancos, como uma garota morta. Era um look pré-Tim Burton que eu estava procurando. Eles não gostaram daquilo de forma alguma. Eles disseram, "Não, tem que ter cabelo preto. Você tem que usar um vestido preto". Foda-se. Foi preto".

O nome foi escolhido com o antigo método de pôr sugestões num chapéu. Parcialmente retirado de um programa de horror chamado Vampira e de seu encontro infame com Elvis, o status icônico estava garantido. 

O resto, como dizem, é história. 

Filmes, programas de TV, sit-coms, reality shows (Looking for the next Elvira), livros, comerciais de cerveja, brindes esportivos, convenções de horror, calendários, revistas em quadrinho tanto da Marvel quanto da DC Comics, videogames, máquinas de pinball, figuras de ação, brinquedos e bonecas infláveis, tudo isso enquanto sua fantasia de Halloween permaneceu dez anos consecutivos no topo das mais vendidas. Seu perfume era chamado Evil. Touche.

Vestido Salvatorre Ferragamo, meias Wolford, anel e faca da própria Elvira

E a franquia Elvira continua. Agora ela está revivendo seu legado com um novo especial de Halloween, mais uma série de DVDs com novos episódios do programa de tv original. Uma série de terror, Elvira's Movie Macabre, cuja trilha sonora foi composta e interpretada pelo amigo Jack White, e que será vendida em vinil preto. Óbvio. Quem iria pensar em colocar gracinhas no gótico? Quem iria acreditar que, nos anos 80, o gótico poderia ser sexy, inteligente, irônico, significativo, provocante e divertido? Cassandra Peterson acreditaria. Essa é a pessoa.

Aposentar Elvira é uma opção apenas em teoria. "Sabe", ela diz, "eu até gostaria de aposentá-la mais cedo ou mais tarde, não quero me apertar naquele vestido aos 80". Você não colocaria por ela.

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7 comments

  1. Adorei a post!
    Não sabia nada da Cassandra o.o
    Só tinha visto o filme na sessão da tarde, e adorava, trevas desde pequena huahusahushu
    Muito boa a entrevista, parabéns pela tradução Lidia!

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  2. Né? Fiquei passada de ver toda a história dela hauhauahua.... quem imaginaria que rolou tudo isso?

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  3. DEEEVAH!!!!! Amei amei amei! Eu tbm não sabia muito da historia da Cassandra, adorei mesmo. Lembro que quando eu vi Elvira pela primeira vez na sessão da tarde fiquei enlouquecida com a morceguisse e aquele malabarismo peitoral shaushahhsua. Simplesmente DEEEEVAH!

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  4. AHSUIFHSIUAHSUH Ela é a mais diva das divas. O segredo da juventude eterna realmente está nas trevas! <3

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  5. Lindo! Linda! Matéria massa xD e tradução tá boa, sim!

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  6. Que lindo! Nunca pensei que a atriz fosse góteca! hahaha, ela parece maravilhosa, uma diva..

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