Ontem a SPFW contou com os desfiles da Cavalera, Jefferson Kulig, FH por Fause Haten, Juliana Jabour e Colcci. Diferente de sábado, domingo teve coleções muito mais mornas e tediosas, com destaque apenas para Cavalera (com ilustração do Diogo Machado) e alguma coisa da FH e Colcci.

As fotos foram retiradas do site FFW.

A Cavalera trouxe muito jeans resinado para dar o aspecto de couro, acrescentando veludo, moletom, bordados e rendas. Em preto, azul, vermelho, cáqui e verde militar, a coleção de inverno da marca jovem aconteceu na Estação da Luz, reservando um espaço para 700 espectadores. Deu pra perceber um leve retorno do estilo militar, mas nada muito expressivo. Também não me animaram muito os modelitos femininos... achei que a coleção masculina ficou bem melhor, já que a primeira meio que acaba ficando reservada a vestidinhos. Outra coisa que me incomodou foi a grande quantidade de calças capri ou pula-brejo mesmo.


Jefferson Kulig apostou em uma temática nada inovadora, que é a de trazer o feeling do campo para a cidade. Para isso, a coleção foi preenchida por looks mais soltos, em seda e couro sintético. Foi pensando em um inverno leve, com cores claras, que o estilista criou peças bastante tediosas, ao meu ver. Não gostei de quase nada e odiei os calçados.


FH por Fause Haten se inspirou nos filmes de Elvis Presley dos anos 60. Assim, encontramos um certo glamour reforçado por materiais como seda, rendas e peles sintéticas (infelizmente devo dizer que eles usaram pele animal também, como parece constar no site do FFW), além de paetês e estampas tropicais. Algumas peças me deixaram a sensação de que não se encaixaram bem nas modelos, do tipo que acabou ficando estranha na silhueta (larga demais, caída demais). Outras, como os vestidos rodados, me deixaram a impressão de apenas brega, kitsch, coisa retrô que deveria ficar no passado só, mas os tecidos realmente reforçam um ar de sofisticação, apesar de os modelitos nem sempre me agradarem.


Juliana Jabour se inspirou no filme "Viagem a Darkeeling", de Wes Anderson, para criar uma coleção de modelagem inspirada nos anos 20 e 60. Ou seja, mais um pouco de breguice e mais um tanto de estampas nada a ver. Algumas peças até me pareceram meio agradáveis, mas aí eu ampliava e via que a modelo tava pelada debaixo de um tecido todo transparente... Sinceramente? Eu to um pouco cansada já de ver modelo pagando peitinho em desfile... e fazendo esse especial SPFW pela primeira vez aqui no blog, eu chego à conclusão de que, realmente, já deu, né? Pretendo algum dia ainda fazer um post polêmico sobre mamilos, porque aff...


A Colcci me é um caso sério e à parte. Sempre comprei roupas lá, desde criança - no caso, eu comprava Digby. Só que ela mudou bastante, assim como toda marca acaba mudando, mas acho que ou ela ou eu mudei muito, porque já não mais nos encontramos hahaha... Nessa coleção, a marca quis criar um aspecto "oriente express sofisticado", com denim, tricôs artesanais, couro, sarja e tecidos de alfaitaria. Até aí, ok, mas só que as cores acabaram se resumindo em marrons, laranja, amarelho e lerolero. Muito contentinho pra um inverno :( nhé.. Algumas peças marrons até são legais, dão um clima meio de aviador/anos 30/dieselpunk, assim como as últimas peças em preto também têm um feeling legal. Achei muito mais cara dos anos 30/40 do que oriente, mas tá, né?