Pati Gnipper: a IT da makemeIT + sorteio

11/30/2012

Já faz algum tempo que eu conheço a Patrícia, aleatoriamente, pelo Twitter. Não lembro se foi por causa do Syntheticast, o podcast de synth/futurepop que ela mantinha com um amigo que eu a adicionei ou se foi por fazer como muita gente provavelmente faz: pagar pau pro cabelo platinado dela! Hahah! Um dia chamei ela para participar da seção Look dos Leitores aqui no Fierce, mas acabamos nos enrolando, até que fiquei sabendo que ela criou uma lojinha virtual chamada makemeIT. Resolvi aproveitar a oportunidade pra fazer tudo de uma vez só: apresentar uma leitora fierce e também os serviços dela, além de convidar todo mundo para participar de um sorteio em parceria com a loja! :)




No início desse ano, Patricia teve a idéia de criar uma loja virtual. No entanto, ela ainda levaria alguns meses para amadurecer essa proposta junto do marido, que também faz parte do negócio. "Demoramos para chegar ao nome. Queríamos algo que remetesse ao conceito de 'IT', que diz respeito às garotas que têm (ou querem ter) aquele 'quê' a mais, do tipo que são referência no meio, aquelas que as amigas copiam", explica ela. E foi assim que nasceu a máxima "make me it" que, estilizada, tornou-se makemeIT.

Por enquanto, a loja está provisoriamente hospedada no sistema da Tanlup, de modo que Patricia e seu marido pudessem testar o mercado que gira em torno desse pequeno comércio virtual independente. "Estamos construindo um site mais profissional, com sistema próprio, identidade visual mais adequada, no qual em breve terei produtos de criação própria também, não somente revenda. Estou estudando estamparia e técnicas de impressão em camisetas, leggings, meias-calças e modificação de roupas, como camisetas dip-dye, shortinhos com spikes, sapatos modificados. Também pretendo criar uma linha de bijuterias de design exclusivo. Vai ter muita coisa nova, original e linda na makemeIT em 2013!", ela antecipa.



loja retende seguir com o conceito "IT", isto é, não remetendo a um estilo ou vertente fashion específicos, mas a um estilo de vida e comportamento. "Garotas com estilo mais romântico vão encontrar peças do seu gosto, garotas mais 'modernas' também, e as rockers não podem ficar de fora. Aos poucos vou agregando outros estilos, desde que tenham de certa forma, algo em comum. Senão a marca perde a identidade", explica Patricia.

Então o jeito é aproveitar o estoque ainda disponível e aguardar pelas novidades de 2013. Eu, particularmente, estou super curiosa em ver o que a Pati pode estar criando, porque acho o estilo dela muito legal... E pra provar isso pra vocês, gostaria de apresentar um pouco mais dessa leitora super fierce. :)


Aos 29 anos, nascida em Osasco, apesar nunca ter morado lá, Patricia já passou uma época da vida no Paraná e agora vive em São Paulo. Quem faz parte do meio noturno paulistano, especialmente a parte trevosa do rolê, certamente já deve ter curtido um setlist de futurepop e synthpop em algum clube da capital. Depois de ter tocado em algumas festas góticas em 2004 e 2005, Patricia se juntou ao amigo Erro, em 2010, para criar o Syntheticast. "A gente compartilha do mesmo gosto por synthpop e future pop há muitos anos - quase dez que nos conhecemos. Ele também sempre tocou esses e outros estilos em diversas festas, de forma mais profissional que eu. Inclusive, hoje ele é um dos donos de uma festa de electro/dubstep que acontece na HotHot", ela conta.

Com atualizações mensais, o podcast reunia sets temáticos feitos pela dupla e também outros compostos por DJs convidados. "O Erro era mais responsável pelo contato com os guests e pela identidade visual, eu ficava com a divulgação e com a criação dos sets. A gente teve bastante audiência, foi bem bacana, até artistas gringos que a gente admira entraram em contato com a gente parabenizando, enviando tracks para utilizarmos em sets futuros", diz Patricia. No entanto, já faz mais de um ano que o Syntheticast não é atualizado. Por motivos pessoais, a dupla teve que deixar o projeto um pouco de lado, apesar de não terem descartado a idéia. "Quem sabe a gente volta".



Na época, Erro e Patricia fizeram um ensaio fotográfico para promover o Syntheticast (fotos acima). "Usamos nossas roupas mesmo, nosso estilo, sem 'pesar' demais para não parecer forçado também", ela comenta. Seu look conta com um short com corte de alfaitaria da Calvin Klein, sandálias de plataforma da Pulo do Gato, camiseta preta básica e jaqueta prata da Adidas. "Os calçados e a jaqueta ainda fazem parte do meu guarda-roupa", confessa, rindo. O resultado foram fotos muito minimalistas e condizentes à identidade visual do synth/futurepop, o que de certa forma fez com que a combinação das roupas de ambos os criadores do podcast lembrarem um pouco a tendência da grife CyberDog. E isso não chega a ser coincidência, já que Patricia assume ter sempre gostado dessa marca. "Em 2004, eles abriram uma loja na Rua Augusta, que não durou muito, mas eu já conhecia e gostava deles antes mesmo de terem chegado no Brasil. Mesmo fechando a filial aqui, continuei comprando pela loja virtual. Tenho uma série de camisetas, um shortinho, alguns moletons e um vestido que ainda uso por aí, apesar de hoje estar seguindo um estilo um pouco mais sóbrio e menos 'cyber'".

Atualmente Patricia adota para si mesma um visual mais próximo do "goth chic", mesmo não gostando desse termo. Algumas marcas com as quais têm se identificado são Calvin Klein, Zara, Khelf e TNG. "Adoro a Forum e sou doida pela Black Milk. Mas não sou muito ligada a comprar coisas de marca não, sou mais do tipo 'vi, gostei, comprei'", argumenta. A maquiagem também segue a mesma linha, numa proposta mais sóbria. "De dia, uso delineador básico, com traço mais fino, e às vezes um batom. Gosto de tons de vinho, como os batons matte da Nyx que, além de terem um efeito fosco, também têm uma duração excelente, do tipo que você pode comer usando batom e ele não vai sair", recomenda. À noite, Patricia prefere pesar mais no delineador ou usar sombra preta esfumaçada. "Gosto de demarcar os olhos, porque os meus são grandes e pretos. Acho que fica bonito. Também uso as sombras da Nyx. Acho o preto deles maravilhoso: é bem escuro e tem ótima fixação". Já os lábios são pintados, à noite, mais para "chegar bonita na foto", como conta Patricia, achando graça: "Não fico retocando a noite toda. Acabo tirando o batom com um lencinho logo depois de chegar, para não arriscar ficar borrada e passar vergonha".


Patricia e sua gata Meg

Apesar de parecer bem descontraída com a própria imagem, Patricia assume ser vaidosa. "Não sou do tipo que segue à risca as tendências, mas gosto de saber o que está 'pegando', até mesmo para manter a loja atualizada. Mas, num geral, gosto de vestir o que combina com meu corpo, meu estilo e me faz sentir bem, seja na moda ou não", acrescenta. Mas, no fim das contas, como toda boa fiercekrieger, ela acaba usando muita roupa preta e como a cor nunca sai de moda, ela sempre acha algo que a agrada nas coleções. Por isso, não está muito preocupada com as regras ditadas pelos formadores de opinião, dentro da moda. "Acho uma grande besteira essas matérias do tipo 'isso é over, isso é cool'. Tem peça que super combina com determinado tipo de rosto ou formato de corpo. Outras vão te fazer parecer uma palhaça", diz ela, rindo. Um exemplo "maldito" que Patricia dá é a calça saruel. "Eu, particularmente, não gosto, mas já vi fotos de mulheres vestindo a peça e caindo SUPER bem. Outras, que vestiram porque está na moda, parecem que estão usando fralda. É o tipo de coisa que não adianta a revista dizer que é 'cool'. É preciso ter bom senso".

Mas para além do seu interesse em moda, Patricia também dedica parte de sua vida ao seu trabalho como assessora de imprensa e também como super-protetora dos animais. Ela está sempre cheia de gatinhos em seu apartamento, dos quais cuida até poderem ser adotados - isso quando não fica com o bichinho para ela! "É de família. Minha mãe já foi presidente de ONG de proteção animal e hoje ocupa um cargo na Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba. Na verdade, a primeira gata que adotamos foi minha culpa, eu devia ter uns cinco ou seis anos e só tínhamos dois cachorros na época. Minha mãe levou uma gata para dentro de casa, para secá-la, já que o dono do mercadinho da esquina a tinha espantado com água gelada e era um dia frio. Quando eu acordei e vi a gata, não deixei mais ela sair", relembra. A gata, mais tarde, teve filhotinhos, já que naqueles anos, na década de 80, não se pregava muito a castração dos animais e deixá-los dentro de casa. "Doamos um filhote e ficamos com os outros três. Aí surgiu mais um aqui, outro ali... Quando vimos, já tínhamos uns quinze gatos e alguns cachorros. Foi quando tivemos contato com conceitos de posse responsável e proteção animal que passamos a castrar todos, impedir o acesso à rua etc", explica. 

Petit, um dos gatos resgatados que Patricia não teve coragem de deixar para a adoção

A partir de então, tanto mãe e filha já não conseguem mais ver um animal precisando de ajuda e não fazer nada. "Desde os anos 90 a gente faz esse trabalho social de resgatar, cuidar e doar. Nessa, acabamos acumulando 55 gatos e 13 cachorros em casa, ao mesmo tempo, mas já devem ter pasado pelas nossas mãos mais de 300 animais, fácil", conta Patricia. Quando saiu de casa, em 2005, ela descobriu que um gato havia levado o vírus da PIF (Peritonite Infecciosa Felina) para o gatil e acabou contaminando todos os outros e até hoje os gatinhos mais antigos têm morrido por conta dessa doença. Hoje restam ainda 18 gatos na casa da mãe de Patricia e sete cachorros na casa do pai. "Os animais foram separados junto com a separação dos meus pais. Mas, em breve, todos serão reunidos novamente, porque minha mãe está terminando a construção da chácara onde ela vai morar e levar todos os bichos, para dar um fim de vida digno para eles, sabe?". Por causa da doença, a mãe de Patricia fechou as portas para novos resgates, para não correr o risco de contaminar mais nenhum gato. "Triste, mas necessário". Mas a filha continua nessa empreitada, ainda que em números menores. "Lá tínhamos uma casa, com quintal, casinha para os gatos dormirem, muros altos, telas... Aqui, em São Paulo, eu moro num apartamento pequeno, com um marido alérgico. Tenho quatro gatos meus, mas estou sempre com algum resgatado, temporário. Mas tem que ser um por vez mesmo, porque, para não misturar com os meus, preciso isolar o gato no banheiro", ela explica.


A última gata a ser resgatada foi a Miau (foto), que chegou grávida, com apenas mais duas semanas de gestação antes do parto. "Os gatinhos nasceram aqui em casa, mas a gata rejeitou a cria e não teve cristo que fizesse ela aceitar cuidar deles. Então fui mãe desde o primeiro dia, amamentando com leite substituto de gato a cada três horas, limpando, enfim, cuidando como se fosse uma mamãe gata. Foram seis filhotes, mas dois morreram porque a mãe passou rinotraqueíte a eles. É uma virose que é tipo uma gripe, mas fatal em filhotes. Os quatro sobreviventes estão completando dois meses nessa semana e já consegui adotantes para três deles.


Mas aí as cat ladies devem estar se perguntando: como alguém que gosta de usar roupa preta consegue lidar com tantos gatos? Patricia confessa que nem se importa muito com os pêlos na roupa. "Todo mundo sabe que eu sou a louca dos gatos mesmo. Tenho rolinho adesivo em casa para tirar os pêlos quando vou para balada, por exemplo, mas nem me incomodo muito". Ainda assim, ela deixa a dica de uma escova chamada Furminator, que promete eliminar até 90% dos pêlos mortos dos gatos e só precisaria escová-los uma vez por semana. Fica aí a dica então.

Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais da pessoa por trás da makemeIT! Para promover a loja, estamos realizando o sorteio de um kit fierce spikes, o qual é composto por um maxi colar gun black e um elástico para cabelo com spikes:



Como participar do sorteio:

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O resultado sai na sexta-feira, dia 7/12, às 14h. O vencedor ou vencedora pode ser de qualquer região do Brasil e deve entrar em contato conosco pelo email fiercekrieg [@] fiercekrieg.com ou por mensagem no Facebook, enviando seus dados para envio: nome completo e endereço. Aguardarei o contato até a meia noite do mesmo dia, senão sortearei outra pessoa.

Boa sorte! :)

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3 comments

  1. Oi, nossa, uma biografia completa sobre ela. Amei a relação dela com os gatos... e as fotos são lindas. A lojinha dela é demais, gostei ;)

    Sobre o sorteio, o twitter é fundamental? Pois não tenho, então poderia participar. Aguardo resposta.

    abraços!!
    Luciana
    Folhas de Sonhos artesanatos

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    1. Não é, não, Luciana! No seu caso, só faça os procedimentos do Facebook mesmo e qualquer pessoa que quiser participar, mas não tiver Twitter, só deixa avisado que daí eu não verifico isso. Boa sorte! ^^

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    2. Oba!! Então vou participar. E obrigada por compartilhar o potinho Veneno, beijos!

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