Cunha: dicas de viagem

8/24/2017



Por algum motivo, eu me tornei fissurada/fascinada por lavandas há algum tempo. Eu não lembro quando e nem como isso começou, mas talvez tenha sido por ter experimentado o chá de lavanda depois de comprar um pacotinho na Grécia que comecei a me interessar ainda mais pela planta. Só que ela não é muito comum aqui no Brasil, com exceção de uma cidadezinha bem pequena que fica quase na fronteira Rio-São Paulo, perto de Paraty. Cunha ficou conhecida por conta do Lavandário, uma grande plantação de lavanda na região montanhosa dos arredores da cidade.


Por conta da altitude, a cidade é bem mais friazinha, clima de serra estilo Campos do Jordão, mas numa cidade bem menos badalada e muito menor. Apesar de ser uma cidade turística, foi só a parte de fora de Cunha que se aprimorou mais para receber turistas. O município mesmo, com cerca de 22 mil habitantes, é bem simples e interiorano, com direito a uma praça da matriz onde tudo acontece - e esse tudo é bem pouco para os que vivem em cidades grandes. 


Como eu nasci em uma cidade só um pouco maior, com volta de 45 mil habitantes, ir para Cunha foi uma experiência saudosa, inclusive porque encontrei um folhado doce em uma das padarias que era exatamente o qual meu pai me comprava quando eu era criança. Uma lagriminha canceriana caiu pesada hahaha... Estava rolando uma feira do pinhão e afins, mas não tinha bem poucas barraquinhas com sopa, pão e bolo de pinhão, essas coisas. Não estou acostumada a comer isso, então nem me empolguei tanto, mas confesso que gostei muito do pão de pinhão e fiquei feliz da vida que o hotel onde nos hospedamos, além de ser maravilhoso, tinha uma torradeira no quarto HAHAHA

       

O Latitude Lodge foi um achado do Booking. A maioria das hospedagens em Cunha são hotéis-fazenda, pousadas que ficam fora da cidade. O Latitude tem uma pegada mais moderna, tanto do ponto de vista da arquitetura (os quartos são contêineres) quanto nas facilidades (WiFi, cozinha toda equipada para cozinhar, smart TV, Netflix liberado etc). Eu fiquei apaixonada! O hotel não é muito barato, mas eu achei maravilhoso e valeu super a pena. Se não levassem 3 horas pra chegar em Cunha saindo de São Paulo, eu com certeza iria lá mais vezes. 

  

Amei demais o projeto do arquiteto Ricardo Laterza e ainda mais o atendimento da Marília, que é quem cuida das reservas e também dá suporte para quando precisamos de alguma coisa. Isso que é interessante: eles priorizam a independência e privacidade dos hóspedes, tanto que nós recebemos uma senha para as fechaduras eletrônicas e, portanto, não existe recepção e nem nada do tipo. Para quem está acostumado com hotéis de luxo, cheio de gente movendo céus e terras pelos hóspedes, talvez esse não seja o melhor modelo, mas para quem gosta de hospedagens em estilo AirBnb, o Latitude é perfeito!


Como eu já imaginava que a cidade não teria muito o que fazer fora o Lavandário e outras coisinhas mais específicas, resolvemos investir em um hotel bom e que fosse realmente uma experiência. Existem apenas quatro quartos que cabem de 2 a 3 pessoas no máximo, então, daria muito bem pra hospedar, tipo, uma família ou um grupo grande de amigos e usar o espaço para passar um tempo na serra e até fazer churrasco e fogueira coletiva! Fora isso também tem um ofurô maravilhoooooso em madeira e que me lembrou muito os bancos do Hugo França em Inhotim. Fora isso também você tem uma vista maravilhosa da sacada e vaquinhas e cavalos vêm visitar a parte de baixo durante o dia <3


Apesar de estar bem próximo da entrada para a cidade, o Latitude ainda assim fica meio longe e, por isso, é necessário programar as refeições. Eles oferecem uma cesta de café da manhã, mas nós não pegamos... preferimos comprar umas coisinhas nas padarias locais ou então experimentar a pizza do restaurante Senhorita, que só funciona aos fins de semana e faz uma pizza especial ao estilo italiano tradicional. Ou seja, massa fina e crocante, pouco recheio, nada a ver com a pizzas elaboradas do estilo Domino's ou as portuguesas da vida que a gente pega por delivery hahaha... Isso, no entanto, não significa que a pizza era ruim - muito pelo contrário. Mesmo sendo fã de massa grossa, essa pizza me cativou. Peguei o sabor marguerita com pesto de manjericão e o Matheus pegou calabresa, que vinha com cebola e erva doce. Maravilhosas! Comemos à luz de lareira hehe :) Ah, a dica é levar dinheiro ou cheque - eles não aceitam cartão lá e as pizzas custam por volta de 60 reais.

  

Mas antes de chegar a Cunha e ao hotel, ainda fizemos uma parada no Café Capril, um café na beira da estrada e que também tinha um capril. Além de vender vários queijos artesanais, o local ainda contava com um cardápio todo à base de leite de cabra. Isto é, pão de queijo de cabra, café com leite de cabra, milkshake e sorvete de leite de cabra, bolo e tudo o que mais tivesse direito. Eu, que nem amo essas gastronomias específicas, fiquei encantada com o lugar - até porque você podia visitar o capril!! <3




Bom, aí como saímos no sábado de manhã para ir a Cunha, aproveitamos a parte da tarde para visitar o famigerado Lavandário. Ele fica um pouco distante da cidade, sim, mas nada de mais e é tudo bem sinalizado na estrada. Confesso que esperava um pouco mais do lugar, achei que não estava tãooo florido quanto imaginei, mas eu gostei bastante ainda assim. Você paga R$10 para entrar, já que é uma propriedade privada, e também tem um café com receitas a base de lavanda, bem como uma lojinha com produtos de beleza e alimentícios feitos com a flor.

  


Eu fui super com sede ao pote achando que ia arrasar nas compras na lojinha, mas achei as coisas bem caras. Já dava pra ter uma ideia do preço se você fosse ver na página deles, que também tem uma loja virtual, mas tive a cega esperança de que lá seria mais barato... não, é a mesma coisa, eu acho. A vantagem é que quem vai lá tem desconto de 5% para comprar online depois. Quanto à comida, experimentando um cupcake da lavanda (que nada mais era do que um pão de ló com essência de lavanda, bem ruim e caro), uma tortinha/quiche de lavanda com linguiça (razoável), chá gelado de lavanda (não gostei, talvez porque não gosto de bebidas cítricas) e o sorvete de lavanda, que era ok, mas meio aguado. Conclusão, gostei mais dos biscoitinhos amanteigados que levamos - mais ou menos uns 200g e custando R$20. Facada, mas enfim.

 

Aí vendo os posts de gente que já tinha visitado a cidade, eu imaginei que o mercado municipal ia ser tipo, O Mercado, mas na verdade era super pequeno e não tinha quase nada pra comprar. Pelo menos, comprei dois potes de doce de leite e um metade doce de abóbora e cocada cremosa que estavam a coisa mais deliciosa do universo. Também levei cidrada pro meu vô e um favo de mel pra minha mãe. Fora isso, a cidade também conta com muitos artesãos que trabalham com cerâmica (tem até uma casa do artesão com vários trabalhos reunidos) e também ourives que fazem joias maravilhosas - recomendo especialmente as da Lápis Lazuli. Fui super bem atendida na loja, achei o design maravilhoso e só não comprei por conta de dinheiros.



Aí no domingo, almoçamos em um restaurante muito fofinho. Não muito barato (pagamos por volta de 50 reais cada prato principal), mas bem gostoso, chamado Veríssima Bistrô. Adorei o  lugar, super bem decoradinho e confortável.

 



Aí já que realmente não tinha mais nada pra fazer e o Matheus não quis ir descansar no hotel, pegamos uma estrada de areia maldita e levamos uns 40 min pra chegar em uma das cachoeiras que são ponto-turístico de Cunha. Resolvemos visitar só a cachoeira do Pimenta e nem levamos roupa de banho porque tava meio friozinho. Não acho que valeu o esforço, mas também não foi totalmente perdido. Talvez no calor faça mais sentido e também pra quem gosta de nadar - not me. Por isso, resolvemos zuar na hora de tirar as fotos, porque já que estamos lá, né?


Shiryu amigo
GRATIDÃO



Aí, por último, e também por ideia do Matheus, resolvi tirar uma foto do céu com longa exposição, já que lá no hotel tinha pouca interferência de luz. Nunca fiz uma foto astro decente, mas acho que dessa vez consegui me sair razoavelmente bem :)



E é isso! Se tiverem alguma dúvida e quiserem perguntar, deixem comentário e eu respondo pra vocês :)

You Might Also Like

3 comments

  1. However, you should choose a girl dress that your family will adore. Here are some creative ideas for choosing colorful girl dresses clavonna evening dresses above tje knee canada reviews that any family would cherish.clavonna mother of the bride dresses cannada reviews

    ReplyDelete
  2. This comment has been removed by the author.

    ReplyDelete