NFW 2012 - Tendências na moda

8/09/2012

Como alguns de vocês já sabem, o Nails Fashion Week não se limita apenas às tendências das unhas, mas também tem uma visão mais aberta que engloba a moda como um todo. Para provar isso, o evento contou com stands das marcas Duda Molinos, Chilli Beans e My Shoes, além de mesas redondas com estilistas, modelos, maquiadores e jornalistas de moda, todas moderadas pelo embaixador do evento, o apresentador de TV e stylist Arlindo Grund.

A modelo  e apresentadora da GNT Mariana Weickert, o maquiador Daniel Hernandez e a jornalista do Glamurama, Ju Ferraz
Eu vou falar da mesa redonda do segundo dia, porque infelizmente eu perdi a oportunidade de conhecer a opinião dos convidados anteriores, a jornalista Vic Ceridono e os designers Raphael Falci e Thais Gusmão. Aliás, por falar nesta última, eu por acaso a conheci enquanto esperava para assistir ao desfile da OPI. Na verdade, o primeiro dia de NFW foi uma interpretação literal do título "desventuras em série" - não porque rolou como no livro, mas exatamente como o nome dele. Como é mais uma declaração pessoal, vou deixar no fim do post pra quem tiver interesse em ler e seguir com informações mais relevantes heheh...

Na primeira mesa do segundo dia de NFW, Mariana Weickert deu sua opinião sobre moda e estilo, indicando que certos exageros são aquilo que definem a identidade da pessoa, com suas cores e seus acessórios, com uma combinação que, para ficar boa, tem que ser "segurada". Quer dizer, às vezes vemos pessoas que trabalham num look super bacana, mas nem sempre consegue sustentar aquilo - por não se sentir confortável, por estar fazendo aquilo por "modinha", por não estar agindo com espontaneidade. E, obviamente, faz parte também dessa composição toda o esmalte. O maquiador Daniel afirma que, em editoriais nos quais trabalhou, a decisão de quais cores serão usadas nas unhas chega a durar até uma hora.

Arlindo Grund e Ju Ferraz

A jornalista do Glamurama quis reforçar o depoimento de Mariana, dizendo que, assim como as pessoas incorporam tendências, o veículo para qual ela trabalha também filtra as informações de acordo com um "DNA Glamurama". Como exemplo disso, Ju disse que muitas vezes quando fazem fotos com atrizes como Juliana Paes, considerada uma mulher sensual, a revista acaba tentando enquadrar a modelo de acordo com os parâmetros da publicação, que não se sustenta basicamente na sensualidade da mulher. E isso vai de encontro com a história de seguir ou não tendências. Mariana explica que tudo que é dito como "estando na moda" deve ser interpretado e utilizado ao favor de cada pessoa. Arlindo interpretou isso como roupas que se adequam a certos tipos de corpo e outros não. "A saia mullet está em alta, mas ela deve ser usada por pessoas com pernas torneadas", comentou o apresentador do programa Esquadrão da Moda.

Sobre maquiagem, Daniel confessou gostar do estilo nude, translúcido, mas afirma que, ao contrário do que muitos podem pensar, é mais difícil de se fazer, por tentar parecer natural. Assim, é necessário escolher bem o tom da maquiagem (base, corretivo e pó), para não acabar ressaltando certas imperfeições em vez de disfarçá-las. "Muita gente pensa que tem que usar base num tom mais claro que a pele, sendo que não é verdade. Isso pode ressaltar ainda mais as olheiras", explicou. Porém, o maquiador quis ressaltar o que os outros convidados já falavam: não é preciso escolher algo só porque está na moda, até porque nem toda mulher fica bem sem maquiagem e nem toda mulher se sente bem sem sair de casa com os olhos pintados de preto (oi, eu?). "O importante é se respeitar e se sentir bem", reforçou Ju Ferraz.

Mas para quem gosta mesmo do nude, o maquiador comentou que 90% das brasileiras usam bases de tons amarelados e não rosados. E elas devem ser escolhidas conforme o momento, principalmente àquelas pessoas que costumam se bronzear, como lembrou Mariana. Para as olheiras, Daniel recomendou o uso de corretivos coloridos quando se trata de casos extremos e estes devem ser da cor oposta à das olheiras. Isto é, àquelas mulheres que têm olheiras arroxeadas, o ideal seria um corretivo laranja, mas a maioria tem olheiras esverdeadas, portanto, o melhor é o corretivo rosa. Mas para quem não quer ficar no marasmo do nude, o maquiador aconselha boca vermelha ou laranja, mas em tonalidades secas, matte. "É para dar impressão de pele hidratada e boca seca", explicou.

Informativo da Vult

Como representante do site e revista Glamurama, Ju Ferraz indicou que as publicações têm como principal assunto abordar comportamento e beleza. A jornalista afirma que as matérias que abordam esmaltes e acessórios possuem grande receptividade, assim como aquelas que ilustram personalidades. "As pessoas querem saber como elas vivem, o que consomem. Elas são reflexos da sociedade, nós só colocamos uma lupa", comentou. E como esse trabalho deve ser feito com responsabilidade, principalmente por se tratar de um nicho do jornalismo, Arlindo ressaltou que as blogueiras também devem seguir esse exemplo. "É preciso pesquisar e dar o seu lado", disse o stylist. Ju complementou dizendo que, para se falar de beleza e moda, é preciso muito estudo, conhecimento e personalidade. "Tem que ser fiel a si mesmo. Existe réplica de informação, mas deve haver um equilíbrio", aconselhou a jornalista.

E isso engloba tanto a informação que é divulgada nos blogs quanto as escolhas que as blogueiras fazem ao divulgar determinado produto ou ao montar seus looks, passando a abordar a parte indumentária das publicações. Daniel mencinou a fast fashion, sendo complementado por Mariana Weickert, que desabafou dizendo que as roupas no Brasil estavam muito caras. Arlindo entrou em concordância, dizendo que, no entanto, há uma tendência de se investir em roupas que tenham maior duração, para que possam ser usadas ainda no outro ano, com a volta da estação para a qual a peça foi desenhada. E isso não teria nenhum problema - eu mesma faço isso há tanto tempo! Até porque gosto de comprar roupas de marca, que são caras, mas duram e, por isso, eu sempre volto a usá-las de acordo com o clima. 

Mas logo após constatar isso, o embaixador da NFW voltou a argumentar que nem todas as roupas foram feitas para todas as pessoas usarem, sendo rebatido pela modelo, que disse que toda mulher pode usar o que quiser: "Se curtiu, usa sim. Essa coisa de pode ou não pode é a coisa mais brega!" -> e eu amei isso que ela disse! Não tem coisa mais esdrúxula do que aquelas seções que dizem o que é certo ou errado, in ou out, pode ou não pode nas revistas. Vai muito do gosto de cada um, da experiência de cada um... já vi tanta coisa legal sendo considerada ridícula em revistas de moda mainstream... aff! Mesmo assim, Arlindo ainda "brincou" dizendo que não adianta usar uma blusinha curta, porque "não pode deixar o bucho aparecer". Para amenizar esse desabafo do stylist, o maquiador Daniel disse que cada um precisa se conhecer e ressaltar aquilo que tem de melhor, assim como fez a jornalista Ju Ferraz, que perdeu 30 quilos e hoje consegue usar peças que antes não conseguia, mas que, mesmo assim, não se sente confortável usando regatas.

Portanto, as blogueiras novas precisam se definir mais, como apontou Arlindo. "Elas precisam dar uma chacoalhada, parar de copiar as que estão aí há mais tempo", argumentou o stylist. É preciso ter um estilo próprio, conhecer e valorizar a silhueta nos looks montados, trazer informação correta e interessante, porque, afinal de contas, os blogs disseminam aquilo que postam e não se deve cometer erros ou a blogueira pode perder a credibilidade, como alertou Mariana. "Você acaba perdendo seguidores, porque não está sendo fiel com eles. E internet é troca. Você precisa expôr suas idéias", complementou Ju Ferraz, deixando em aberto algumas dúvidas que circundam os blogs de moda: será que as ações comerciais são verdadeiras? É realmente legal para as marcas associadas? Tudo isso depende da personalidade da blogueira, das informações que ela reproduz e de sua credibilidade. "A onda dos blogs vai passar e só vai ficar quem tem personalidade", advertiu a jornalista.

Quando foram abertas as perguntas do público, inaugurei questionando como nós, trevosas, fazemos quando é verão. Como gostamos de usar roupas pretas e as coleções acabam sendo mais coloridas, ficamos com poucas opções. Daniel disse que não tem problema nenhum continuar no preto. "Acho lindo para quem tem pele branquinha. É a coisa mais linda usar preto na praia!", comentou o maquiador. Arlindo concordou, aconselhando apenas escolher tecidos mais leves e confortáveis ou mesmo blusas de alcinha, regatas e vestidos pretos. Por isso postei essa foto minha na praia como ilustração trevosa fierce! :P

Também mencionaram as maquiagens neon, se elas iam estar em alta novamente nesse verão. Daniel disse que isso foi tendência de um ano atrás, mas que de repente dá para trazer os delineadores fluor das passarelas para as ruas. Uma dica sua é usar bastante rímel preto e curvex para dar mais profundidade no olhar quando for usar esses produtos neon. 

Duda Molinos maquiando modelo durante seu workshop

Durante o workshop do Duda Molinos, ele fez duas maquiagens, que contaram com sombras acobreadas, em tons de terra, dourado e baunilha, muito rímel preto e batom vermelho para uma opção mais dramática. O maquiador deu dica de passar rímel apenas na base dos cílios para não criar aquele efeito engomado nas pontas e também explicou como passar pincel chanfrado com sombra marrom nas sobrancelhas para poder defini-las melhor: primeiro da parte externa superior até chegar à parte interna. Isso preenche os espaços onde não há pêlos e dá um melhor desenho ao rosto, da mesma forma ao contornar os lábios com lápis para boca. Além de corrigir imperfeições, ele ajuda a definir os limites na hora de passar o batom, que deve cobrir esse contorno.

Como não consegui fotografar a modelo, peguei essa montagem do blog Vício de Menina

No fim do workshop, ganhamos um brinde com sombra amarela neon e batom rosa, ambos da Vult.

Ainda não provei nenhum dos dois, mas gostei da tonalidade do rosa e vou tentar transformar essa sombra em batom (oh, meu querido e tão sonhado batom amarelo) ou então fazer uma make com sombra preta, num estilo mais cybergoth


E essas são as fotos dos stands da Duda Molinos, onde as pessoas podiam ser maquiadas gratuitamente... mas como tinha até uma lista de nomes na espera, desencanei de fazer uma em mim.



Bom, pra terminar, falta falar da My Shoes e da Chilli Beans - e vou começar pela última.

 O stand estava super bonito, mas eu não achei a coleção assim tão interessante... Tentei experimentar alguns modelos, mas o mais próximo de algo fierce que achei foi esse da foto abaixo

Ficou uó. A Chilli Beans é conhecida por fazer óculos bem diferentes, coloridos e até aí eu não acho problema nenhum. Na coleção antiga, da Isabela Capeto, tinha um modelo gatinho com aro vermelho e tachas que era muito bonito e eu mesma tenho dois óculos da marca, um preto redondo e um roxo com lente roxo-castanho grandão meio quadrado. Mas, realmente, a coleção nova não me chamou a atenção...

Também não curti muito a discotecagem. No máximo, acho que ouvi alguma coisa do Vive La Fète, mas era tudo misturado... pra vocês terem noção, eu cheguei a ouvir Limp Bizkit em versão reggae ou algo parecido... :/ bizarro. Ainda bem que não se trata de um evento de música heheh

O desfile apresentou a nova coleção de relógios em alumínio e os óculos para a primavera e verão. O público foi à loucura com o vídeo, que realmente ficou muito bem feito e ganhou trilha sonora com músicas da Florence and the Machine. Bem legal mesmo.


A My Shoes também contou com um stand no evento - o maior de todos, inclusive. Tem bastante coisa colorida na nova coleção, como de praxe, mas consegui destacar alguns modelos fierce pra vocês!

Uma das estantes da My Shoes

 Pra quem é mais perua e curte um dourado com preto, essas são opções que agradam tanto aquelas que vão à balada quanto aquelas que preferem só sair com o povo e se divertir com conforto, com esse sneaker

 As sapatilhas com bolinhas de metal também são uma pedida mais clássica e elegante, trazendo um modelo menos infantilizado e brega - já que muitas sapatilhas são arredondadas ou com lacinhos, coraçõezinhos e bagacinhos

Essas duas opções de sandálias trazem detalhes prateados em forma de quadrado. Gostei! Acho muito legal o uso de figuras geométricas retilíneas na moda

 E pra quem achava que os spikes iam ficar só no inverno, felizmente vocês estão errados! Esses tênis, apesar de terem sola caramelo, são muito legais

 Assim como esse sapato de bico arredondado. Detalhe para o salto, com uma fileira de spikes pretos

Essa sandália já é mais básica, apesar do tamanho gigantesco do salto. As cores foram bem escolhidas e democráticas

Divulgação. E pra fechar o evento, rolou desfile da My Shoes, a única marca que realmente apresentou suas peças ao vivo e não por meio de vídeo!

E é isso, gente. Espero que tenham gostado desses posts sobre o Nails Fashion Week. E que mais eventos venham para a gente cobrir e dissecar o que há de fierce na moda mainstream! Mwahhaha :))) Se você ficou curioso para saber as "tretas" que eu tive no primeiro dia do evento, é só seguir lendo meu melodrama abaixo:

As desventuras em série desta que vos escreve

Atrasada e desnorteada, no primeiro dia de NFW, sentei na primeira fileira achando que era livre, mas só que era reservada para as celebridades e pessoas envolvidas com o evento. Sem saber disso, acabei ao lado da Thais Gusmão, com quem conversei e ainda passei o endereço aqui do blog (espero que ela visite e goste daqui!), mais tarde também dando entrevista para a GNT Fashion... me pergunto se eles acharam que eu era alguém importante, pelo fato de eu estar sentada na primeira fileira. Uó. Nem tinha reparado nisso, tanto que no desfile seguinte, da Colorama, eu sentei no mesmo lugar e uma representante da Chilli Beans ficou do meu lado, depois de a atriz Fiorella Mattheis também já ter estado ali... e eu, nem sacando nada.

Até que vejo duas garotinhas sentadas atrás de mim e, não sei porquê, mas ou me meti na conversa ou elas falaram algo comigo e eu descobri que uma delas era filha da organizadora do evento. Mais tarde, essa mesma menina começa a chorar porque não tinha lugar para a mãe dela sentar. Ok: lição aprendida. Saí o mais rápido possível e fui no mais escondido lugar possível e puxo assunto com outra mulher, contando do ocorrido. Pergunto se ela estava lá como imprensa e, não, ela era a representante comercial do evento. O mesmo aconteceu quando falei com uma moça do Loucas por Esmaltes, que no dia seguinte também deu entrevista para o Arlindo Grund. No metrô, ainda encontrei com a treinadora da Colorama, Margarida Ramos, com quem conversei e quase peguei trem junto. Seria muita sorte, se eu tivesse trazido meu cartão de visitas, se eu tivesse falado o nome do Fiercekrieg na entrevista para a GNT, mas infelizmente esqueci de dizer e também não levei os cartões... só no segundo dia. Depois dessa, nunca mais esqueço meus cartões hahahah :P

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