"It's a Cinch" ou "é uma cinta", fotografia de Lillian publicada numa edição da Harper's Bazaar de 1951
Juntos, Lillian e Himmel enfrentaram a Grande Depressão dos anos 1930, durante a qual ela trabalhou como modelo artística enquanto seu marido lecionava arte. Sempre envolvida em greves políticas da época, a fotógrafa chegou a posar nua para uma foto de protesto artístico contra os cortes financeiros. Mais tarde, ela conseguiria um emprego como co-diretora artística da Junior Bazaar, uma revista adolescente caracterizada pela criatividade e experimentalismo. Porém, a publicação não prosperou por muito tempo, justamente por ela ser muito fora dos padrões, mas ao menos ela ajudou Lillian a ascender na carreira de fotógrafa fashion, abrindo seu caminho para a Harper's Bazaar.
Stella Tennant, por Lillian Bassman, para a Vogue Alemanha
Sob influência do emigrante russo Alexey Brodovitch, fotógrafo e diretor de arte, Lillian passou a fotografar suas modelos principalmente em preto e branco, sendo que boa parte desses seus trabalhos foram publicados na Harper's Bazaar durante o período de 1950 a 1965. Isso fixaria no público o olhar impressionista que Lillian debruçava sobre a moda. Sua técnica era a manipulação química do negativo, o que fazia com que as imagens ganhassem um forte contraste e se tornassem elemento característico de sua obra - tanto no mercado editorial quanto na publicidade, tendo assinado um anúncio de lingerie para a Warner.
Mas nem todo mundo por trás das publicações apreciava esse posicionamento. A editora da Harper's Bazaar, Carmel Snow, chegou a dizer para Lillian, durante um shoot: "Eu não a trouxe para Paris para fazer arte; Eu a trouxe aqui para abotoar e fazer os laços".
Lillian Bassman
De saco cheio da fotografia de moda, Lilian destruiu boa parte de seus negativos nos anos 1960 - cerca de 40 anos de sua carreira. Ela deixaria de lado a vertente para se dedicar a projetos pessoais. No entanto, vinte anos depois, foram encontradas centenas de imagens numa mala, o que fez com que seus trabalhos voltassem a ser apreciados nos anos 1990. Lillian, então, re-emergia na fotografia fashion, buscando inovar seu trabalho com novas tecnologias e técnicas, tendo seu primeiro contato com o Photoshop aos 87 anos de idade.
"Ela torna visível aquela parte dolorida e invisível que existe entre a aparência e a desaparência das coisas"
Richard Avedon, sobre Lillian Bassman
Fotos e informações principalmente retiradas de Coihouse
Precisa dizer oque mais? LINDAS fotos... Quem diria que a vovó fofinha de cima era na verdade esbelta e altíssima modelo. E sério, acho que mais da metade dos editoriais de moda são inspirados nessas fotos, que por sinal, parecem ser atuais
ReplyDeleteNé? Parecem bem atuais mesmo. Até porque a moda vive de círculos.. ela sempre revisita o passado e nada melhor do que buscar inspiração com gente que fez um trabalho tão legal quanto a Lillian Bassman.
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